
Ultimamente andei pensando muito na relação que eu tenho com a minha escrita e na influência que minha vida pessoal tem sobre ela. É uma bosta estar sempre ciente de que eu escrevo sobre coisas que eu sinto, mas aplicadas a contextos que eu nunca vivenciei exatamente. Escrever acaba sendo catártico de duas maneiras diferentes, pois em uma delas eu libero o que eu sinto e, na outra, eu realizo desejos bem conscientes. Cheguei a conclusão de que pra mim escrever é mesmo uma realização. É real e ao mesmo tempo irreal.
Eu reparei também que eu parei de escrever coisas que não tinham a ver comigo; antes eu criava personagens totalmente alheios e externos a mim, como se eu fosse um narrador que visse tudo de fora e achasse tudo uma grande piada. Eu continuo achando tudo uma piada, mas dessa vez rio de minha própria vida estampada nas palavras que eu escrevo. Acho que tem alguma postagem perdida por aqui no blog em que eu falo um pouco sobre como meus textos têm a ver comigo e ao mesmo tempo não têm. Isso é uma pequena prova de como as pessoas mudam. Não espero que todo mundo entenda o que eu quero dizer.
Só sei que disso resultou mais um conto pro desafio de ficção científica da lavanderia. Mas acho que dessa vez o clima sci-fi ficou só por conta do cenário, porque a história mesmo tem pouco a ver. Tomara que se encaixe no desafio. Não me prendi no desenvolvimento de tramas elaboradas e acabei fazendo o que eu mais faço: escrever sobre a mente confusa das pessoas, o que acaba refletindo a minha mente confusa. Eu sei que posso escrever cenas com finais abruptos, mas é devido a dificuldades pessoais. Blábláblá. Vamos ao conto. É curto e simples, mas espero que agrade a quem ler.
Título: Bipolar
Palavras: 2.305
Status: Completo
Gênero: Angst,GLBT
Classificação: 13+
Clique aqui para ler o conto.
Palavrômetro: 20.473 palavras | 7 histórias
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